Procurador-Geral da República diz que processo da Operação Influencer está parado devido a recursos interpostos pelos arguidos
Em causa está a apreensão de correio eletrónico, no âmbito do processo. Amadeu Guerra explicou que enquanto a Procuradoria-Geral da República não tiver acesso à informação que está nos e-mails, não pode avançar com a investigação.
O Procurador-Geral da República, Amadeu Guerra, disse esta sexta-feira que o processo da Operação Influencer está parado devido a recursos interpostos pelos arguidos.
Em causa está a apreensão de correio eletrónico, no âmbito do processo. Amadeu Guerra explicou que enquanto a Procuradoria-Geral da República não tiver acesso à informação que está nos e-mails, não pode avançar com a investigação.
“A comunicação social e todos os cidadãos devem compreender que estamos impedidos de fechar o processo, com metade da documentação apreendida”, acrescentou.
Recorde-se que a Operação Influencer resultou em cinco detenções, em 2023: o chefe de gabinete de António Costa, Vitor Escária, o advogado Diogo Lacerda Machado, amigo do antigo primeiro-ministro, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas e dois administradores da Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves.
O ex-ministro das Infraestruturas João Galamba, o ex-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente Nuno Lacasta e o advogado João Silveira foram também constituídos arguidos.
Na sequência do processo, o primeiro-ministro da altura, António Costa, apresentou a demissão. O atual presidente do Conselho Europeu foi ouvido esta sexta-feira, na qualidade de declarante, e não foi constituído arguido. Até hoje, passados cinco anos, nenhum arguido foi ouvido.