PS disponível para aprovar OE2025, se “avaliação for positiva”
Pedro Nuno Santos esteve em entrevista no Now e falou ainda sobre a redução do IRC e o facto de a AD ter implementado várias medidas graças à "situação orçamental muito generosa" deixada pelo PS.
Pedro Nuno Santos esteve esta noite em entrevista no Now e falou sobre o Orçamento de Estado. O deputado do PS disse acreditar que será possível chegar a um consenso se a “avaliação for positiva”, mas ainda assim mostrou-se disponível para ir a eleições, caso o Orçamento do Estado não seja aprovado.
"Nós não somos nem queremos ser parceiros da AD, simplesmente estamos disponíveis para evitar umas eleições antecipadas e um país sem orçamento. Estou otimista, não vejo razão para que não nos encontremos nas negociações. Nós estaremos disponíveis para ceder em larga medida, porque o orçamento não é feito por nós, e estamos na expetativa que o governo também faça cedências que nos permitam encontrar as duas ideias", referiu.
O deputado do PS falou também do facto de a AD ter implementado várias medidas e referiu que isso "não é porque são melhores ou piores, é porque têm uma situação financeira e orçamental boa que obviamente é fruto da governação do PS".
"Este governo tem apresentado um conjunto muito vasto de medidas, com um custo orçamental muito elevado, e chegaram a acordo com alguns setores profissionais. Só o conseguiram porque herdaram uma situação orçamental muito generosa, de outra forma não o conseguiam. Herdaram um país com uma dívida pública mais baixa, com excedente orçamental e com condições económicas bem melhores que aquelas que nós tínhamos há um ano. Esta situação é que os permite tomar as medidas que estão a tomar", referiu Pedro Nuno Santos.
Pedro Nuno Santos abordou ainda a redução do IRC e disse que empresas que faziam uma boa aplicabilidade dos lucros "devem ter um tratamento em IRC diferenciado daquelas que não reinvestem".
"Nós queremos e privilegiamos a redução do IRC para as empresas que dão um determinado destino aos seus lucros, isto é, que usam os seus lucros para reinvestir na empresa, para a capitalizar, para investir na investigação e inovação, até para aumentar os salários, e isso consegue-se aumentando as deduções."