PS diz que Governo criou uma «sensação de não negociação» e PSD defende que «adaptabilidade do mercado de trabalho» deve ser o foco de discussão

| 12 de Novembro de 2025 às 20:18
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Frente a Frente

Frente a Frente no NOW, André Coelho Lima deu razão ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, "no seu lamento". Já Mariana Vieira da Silva garantiu que em causa estão os interesses dos trabalhadores.

Mariana Vieira da Silva (PS) e André Coelho Lima (PSD) estiveram Frente a Frente no NOW na tarde desta quarta-feira e falaram sobre o anteprojeto do Governo para rever a legislação laboral, o que motivou os sindicatos a avançarem para uma greve geral no dia 11 de dezembro.

"É evidente que o Governo pode ser sempre contra uma greve e manifestar-se contra isso. Mas estamos há três dias a ouvir quer o primeiro-ministro quer outros dirigentes do PSD fazer insinuações sobre que interesses estão por trás desta greve. E os interesses desta ou de qualquer outra greve são dos trabalhadores", começou por defender a deputada socialista.

De seguida, Mariana Vieira da Silva defendeu que, apesar de ser "um direito do governo" aprovar um documento sem acordo, a repetição "sistemática" desta frase cria também "uma sensação de não negociação".

Em contrapartida, André Coelho Lima deu razão ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, "no seu lamento", uma vez que "muitas vezes criticamos" sucessivos governos por "não fazerem reformas" ou alterações e se limitar "a gerir o dia a dia".

"Quando se quer fazer alguma coisa [faz-se] uma greve geral. (…) Ou seja, a impressão com que se fica é que efetivamente o melhor a fazer é o que fez o governo de António Costa, que é mexer pouco e deixar os anos passar", criticou.

"Estamos a discutir a manutenção de direitos em vez de estarmos a discutir a adaptabilidade do mercado de trabalho àquilo que é o futuro", concluiu.