PS diz que objetivo dos cartazes do Chega é “chocar as pessoas”; Chega diz que servem para realçar “aquilo que os portugueses dizem na rua”

Inês Simões Gonçalves | 31 de Outubro de 2025 às 21:55
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Frente a Frente

Bruno Gonçalves (PS) e Pedro Frazão (Chega) estiveram Frente a Frente no NOW.

Bruno Gonçalves (PS) e Pedro Frazão (Chega) estiveram Frente a Frente no NOW na noite desta sexta-feira e falaram sobre a queixa apresentada pelo advogado Garcia Pereira na qual pediu a extinção do Chega. 

Recorde-se que António Garcia Pereira pediu a extinção do Chega, a retirada dos cartazes com mensagens discriminatórias, onde se lia: "isto não é o Bangladesh" e "os ciganos têm de cumprir a lei". 

Bruno Gonçalves começou por defender que “a análise que o Chega faz para executar estes cartazes” é “chocar as pessoas” e “provocar um choque tal que obriga que toda a atenção mediática seja sobre si — seja sobre o Chega, seja sobre André Ventura”. 

“Se eu disse ‘isto não é a China’, todos concordamos. Se eu disser ‘isto não é Espanha’, todos concordamos, mas é porque os portugueses lá em casa já sabem. Ao contrário de alguns deputados do Chega, estes portugueses concluíram com muita sabedoria a quarta classe. Portanto, sabem perfeitamente que Portugal também não é o Bangladesh”, defendeu. 

Por sua vez, Pedro Frazão argumentou que Garcia Pereira foi o fundador do partido MRPP, que teve cartazes onde se lia “morte aos traidores”, “morte à Troika” e “morte ao Governo de traição nacional PSD/CDS”. 

“[Os cartazes do Chega] servem para dar uma pedrada no charco e para trazer para cima do debate público aquilo que os portugueses dizem na rua. Aquilo que os portugueses dizem na rua é que isto não é mesmo o Bangladesh”, defendeu. 

O deputado do Chega lembrou ainda que a frase em questão foi retirada “de uma música que foi feita para satirizar o Chega”.