Frente a Frente
João Paulo Correia (PS) e André Coelho Lima (PSD) estiveram Frente a Frente no NOW.
João Paulo Correia (PS) e André Coelho Lima (PSD) estiveram Frente a Frente no NOW na noite desta quarta-feira e falaram sobre as declarações que Pedro Passos Coelho fez ontem no almoço comemorativo dos 51 anos do PSD.
O ex primeiro-ministro pediu que o partido continue a sua "tradição reformista" e que o país "não se alheie" do que se passa no mundo.
"O meu desejo profundo é que, nestes anos que temos por frente, o PSD possa fazer pleno jus à sua tradição reformista em Portugal. O mundo inteiro vive tempos de transformações muito grandes, de grandes incertezas, quer ao nível da segurança e da defesa, quer ao nível económico e político, e isso ainda acentua mais a importância de tratar de relevar reformas importantes que o país ainda precisa de fazer para superar vulnerabilidades estruturais que ainda são manifestas", disse Passos Coelho.
Sobre estas palavras, João Paulo Correia diz que mais do que um recado para Montenegro, o discurso foi um "puxão de orelhas".
"Por outras palavras, Passos Coelho quis dizer que o Governo já perdeu um ano para tomar decisões difíceis e, além disso, mencionou que o país tem de estar ligado ao mundo", referiu.
João Paulo Correia afirmou ainda que a presença do ex primeiro-ministro "acabou por ser um fantasma e não uma ajuda como Montenegro desejaria".
Já André Coelho Lima diz que Passos Coelho ter estado presente no almoço do PSD foi um momento importante.
"Acho muito bem que tenha ido e tenha dito aquilo que disse. Passos Coelho — que teve uma governação absolutamente condicionada pela governação anterior do PS e teve de tomar medidas que ninguém quer — tem uma forma de estar muito no sentido daquela que é a forma do PSD para o eleitorado. A de um partido reformista, disruptivo economicamente e capaz de lançar períodos de crescimento económico", mencionou.
André Coelho Lima acrescentou ainda que não viu as palavras de Passos Coelho como uma crítica, mas sim como um desafio.