PS pede “mentalidade de Cristiano Ronaldo” do Governo; Chega critica primeiro-ministro por ignorar Saúde
Eva Cruzeiro (PS) e Rita Matias (Chega) estiveram Frente a Frente no NOW
Eva Cruzeiro (PS) e Rita Matias (Chega) estiveram Frente a Frente no NOW esta sexta-feira e falaram sobre a mensagem de Natal do primeiro-ministro.
Rita Matias começou por defender que “há um país real onde os portugueses necessitam de cuidados de saúde e não os têm”, dando o exemplo do hospital Amadora-Sintra, que apresentava tempos de espera de cerca para primeiro atendimento de 11 horas esta sexta-feira.
“Quando o país está todo aos remendos, o primeiro-ministro decide ignorar propositadamente este tema”, criticou.
Para a deputada do Chega, “a mensagem devia começar com um pedido de desculpa”.
A deputada do Chega considerou “infeliz” o trocadilho de Montenegro com Cristiano Ronaldo, “não porque não mereça todas as menções”, mas porque essa mentalidade “é completamente antagónica à mentalidade de Luís Montenegro “de imobilismo”.
“Cristiano Ronaldo, pela meritocracia singrou e dá uma mensagem de esperança ao país”, acrescentou.
Por sua vez, Eva Cruzeiro defendeu que “o que queríamos era uma ‘mentalidade de Cristiano Ronaldo’ da parte do Governo”.
“O Governo podia ter uma ‘mentalidade de Cristiano Ronaldo’ na gestão da Saúde, da Habitação — que é um dos maiores problemas que Portugal tem neste momento —, na gestão da criminalidade, do discurso de ódio que está a aumentar muito no nosso país, na questão da violência doméstica ou dos baixos salários. Para isto o Governo não tem resposta nenhuma”, acrescentou.
Para a deputada socialista, “as únicas pessoas que podem ter uma ‘mentalidade de Cristiano Ronaldo’ neste momento em Portugal são os gestores das grandes empresas e multinacionais”.
“Vão ganhar mais de 400 milhões no próximo ano por causa do desconto do IRC, que foi um presente dado pelo Chega e pelo Governo da AD. Não há nenhum português que ganhe 800 euros que possa ter uma ‘mentalidade de Cristiano Ronaldo’ quando produz o suficiente para ganhar muito mais”, explicou.
Eva Cruzeiro concluiu que “o Governo teima em ter uma postura contra os trabalhadores em Portugal”.