Frente a Frente
Mariana Vieira da Silva (PS) e André Coelho Lima (PSD) estiveram Frente a Frente no NOW.
Mariana Vieira da Silva (PS) e André Coelho Lima (PSD) estiveram Frente a Frente no NOW na noite desta quarta-feira e falaram sobre a detenção da coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, e da atriz Sofia Aparício, que seguiam na flotilha humanitária a Gaza que foi intercetada por Israel.
Mariana Vieira da Silva começou por realçar a importância de o Governo ter sido claro no que diz respeito ao acompanhamento do processo.
“Não tinha ficado claro, pelo menos para mim, com intervenções anteriores do ministro dos Negócios Estrangeiros. Agora aquilo que se espera é que, em primeiro lugar, Mariana Mortágua, Sofia Aparício e Miguel Duarte estejam bem, possam regressar rapidamente e, sobretudo, que o mundo olhe para um problema gravíssimo, que já não há adjetivos que o possam descrever”, afirmou.
A deputada do PS lamentou que continue a haver um “problema de acesso à ajuda humanitária, a medicamentos, de comida e de bens essenciais”.
“Esse era, no fundo, o objetivo desta intervenção, como outras. Era fazer notar que mesmo quem queira fazer chegar essa ajuda é impedido”, acrescentou.
Por sua vez, André Coelho Lima defendeu que o “acompanhamento deste tipo de situações tem de ser necessariamente discreto”.
“Não ponhamos em causa a legitimidade desta ação. Ela é designada como uma ação humanitária, efetivamente leva alimentos e bens de primeira necessidade, mas o objetivo desta flotilha não é esse. Ele é absolutamente legítimo, mas é totalmente político”, afirmou.
O deputado do PSD acrescentou que, “numa ação com natureza política”, não é surpreendente a resposta israelita.
“Até posso dizer que era o objetivo desta iniciativa política era que houvesse esta detenção”, disse o deputado.
No entanto, André Coelho Lima salientou que, caso a interceção tenha ocorrido em águas internacionais, como foi dito por Mariana Mortágua, pode mudar a situação.