Reformados
A falta de casas e as rendas altas são o principal motivos para o sobre-endividamento das famílias.
A DECO está a registar, desde o início do ano, um aumento de reformados que, entre pedidos de informação e de apoio, atingiram os três mil agregados.
Já não é o divórcio, o desemprego ou a doença que leva as famílias sobre-endividadas a pedir ajuda ao Gabinete de Proteção Financeira: é a habitação. O impacto deste problema leva os reformados mais vulneráveis a pedirem um crédito para pagar a renda ou até a ter de viver em quartos.
Mais de metade dos reformados apoiados pela DECO vivem em casas arrendadas, sendo que quase dez por cento ainda pagam crédito à habitação e 11% vivem noutras situações habitacionais, como em quartos. Apenas pouco mais de 24% vivem em casa própria.
Trata-se de reformados sem poupanças que se vêm confrontados com o aumento de despesas, sobretudo alimentares ou de renda, que não conseguem suportar.