Relação entre AD e IL: João Ferreira diz que não há diferença entre os objetivos políticos dos partidos e Ana Vasconcelos Martins garante que procura uma "solução governativa"

Joana Ramalho | 12 de Maio de 2025 às 22:25
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Frente a Frente

Frente a Frente no NOW, o deputado do PCP considerou que o PS foi o responsável pela execução do programa do executivo de Luís Montenegro. Já a deputada da IL afirmou que o partido está "disposto a contribuir para uma solução de Governo na qual tem a hipótese de trazer reformas verdadeiras ao país" e não por "poder".

Ana Vasconcelos Martins (IL) e João Ferreira (PCP) estiveram Frente a Frente esta segunda-feira no NOW e debateram sobre a relação entre a AD e a IL, que tem sido alvo de especulações sobre uma possível coligação pré-eleitoral entre os dois partidos. 

Ana Vasconcelos Martins começou por afirmar que a Iniciativa Liberal tem, "desde o início", apresentando as suas propostas para as eleições legislativas, de modo a os portugueses "decidirem o voto de confiança" no partido. No entanto, não negou uma coligação com a AD.

Assim, a deputada afirmou que a IL está "disposta a contribuir para uma solução de Governo na qual tem a hipótese de trazer reformas verdadeiras ao país" e não por "poder".

"Iremos contribuir para uma solução governativa na medida em que possamos realmente fazer a diferença e trazer ao país as reformas que acreditamos. Não vamos estar num governo por estar no Governo. A missão da Iniciativa Liberal é mesmo levar o país num sentido diferente, muito mais ambicioso", argumentou.

Em resposta, João Ferreira disse que o programa da AD é "suficiente importante e negativo" para dever ser o foco de atenção.

"Esta discussão mostra que não há assim uma diferença tão grande entre o programa de intenções e objetivos políticos da AD e da IL", acusou.

Além disso, João Ferreira considerou que o PS foi o responsável pela execução do programa do executivo de Luís Montenegro.

"Pedro Nuno Santos não diz, mas foi o PS que sustentou até agora o programa da AD. Ou seja, ao longo deste ano de governação, o PS tomou a opção estratégica de viabilizar a governação e, por isso, viabilizou medidas às quais a IL não disse que não", vincou.