Relatório indica que cabo do elevador da Glória não partiu, mas cedeu no ponto de fixação e sistema de redundância não parou descarrilamento

| 07 de Setembro de 2025 às 12:15
A carregar o vídeo ...

Relatório sobre elevador da Glória

A nota diz ainda que o sistema de emergência funcionou, mas não era suficiente.

Para aqueles que desciam no elevador da Glória na passada quarta-feira, a viagem não chegou a durar 50 segundos. Aconteceu tudo muito rápido.

Ao fim de seis metros percorridos, o cabo que unia as duas cabinas do ascensor cedeu. As razões ainda estão por apurar, mas sabe-se que o cabo ainda tinha 263 dias de vida útil, segundo o primeiro relatório do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).

André Marques, guarda-freio, acionou de imediato a travagem pneumática e manual, mas foi em vão: o elevador da Glória desceu desenfreado pelos carris e a cabina terá atingido uma velocidade próxima dos 60 quilómetros por hora (km/h).

De acordo com as primeiras notas sobre o acidente, o descarrilamento aconteceu segundos antes de a cabina embater na parede de um edifício.

Dentro de 45 dias, vai ser apresentado um relatório preliminar sobre os factos determinados.

Entretanto, a investigação irá incidir sobre vários aspetos: os pressupostos dos sistemas de segurança e a verificação do funcionamento e da eficácia dos sistemas de freio vão ser analisados.

A tragédia do descarrilamento de um dos ascensores mais antigos da cidade de Lisboa vai ficar para a história da capital portuguesa.