Revolut
O banco digital pretende remunerar entre 1,5% e 2,25%.
Demorou mais de dois anos, mas as contas na Revolut já podem ter IBAN português. A aprovação pelo Banco de Portugal permite disponibilizar depósitos cobertos até 100 mil euros pelo fundo de garantia de depósitos.
A abertura da sucursal em Portugal quase que coincide com o lançamento das "poupanças de acesso imediato", que devem ficar disponíveis aos clientes portugueses em agosto. A Fintech pretende avançar com uma remuneração variável entre 1,5% e 2,25% anuais, dependendo do plano do cliente, que vai do gratuito ao pago.
Com o Ivan português e destes depósitos a prazo, o banco espera conseguir completar com facilidade a meta de ter dois milhões de clientes até ao final do ano. Atualmente são quase 1,9 milhões.
O diretor-geral da Revolut em Portugal, Rúben Germano, reconhece o "atraso" na obtenção de licença para a sucursal portuguesa, mas nega que o processo tenha sido dificultado pelo supervisor nacional.
Elenca dois fatores para a demora: por um lado, uma "reordenação da priorização das sucursais", com Portugal a ficar para trás; por outro, a operacionalização dos "vários produtos oferecidos - o pagamento com entidade de referência pelo multibanco, o MBWay e a conta de depósitos" -, que a Fintech pretendia que acontecesse ao mesmo tempo que o lançamento da sucursal.
Relativamente ao crédito, Rúben Germano faz um balanço positivo dos empréstimos pessoais que a Fintech está a conceder desde 2024. O objetivo passa agora por ter cartões de crédito em setembro.
Para 2026 estão pensadas caixas multibanco e a Revolut já está em negociações para ter ATM espalhadas por Lisboa e Porto.
Na gaveta, pelo menos até 2027, ficam os empréstimos para a compra de casa, que ainda estão a ser testados na Lituânia.