Rússia nega qualquer envolvimento na alegada sabotagem do GPS do avião onde seguia a Presidente da Comissão Europeia

Manuela Barbosa | 02 de Setembro de 2025 às 00:08
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Viagem de Ursula von der Leyen

O Comissário Europeu para a Defesa afirmou na segunda-feira que o bloco de 27 nações iria aumentar o número de satélites em órbita baixa para melhorar a deteção de interferências.

Ursula von der Leyen viajava num avião fretado pela Comissão Europeia este fim de semana, que tinha como destino a Bulgária, quando o sistema GPS da aeronave da Presidente foi bloqueado. Os serviços de navegação do avião onde seguia Ursula von der Leyen foram desativados quando a aeronave se aproximou de um aeroporto búlgaro. A tripulação foi obrigada a recorrer a mapas em papel para concluir a aterragem em segurança.

No comunicado feito pela Comissão Europeia é dito que as autoridades búlgaras suspeitam que esse bloqueio tenha sido provocado por uma interferência flagrante da Rússia. 

Perante a acusação, o Kremlin negou qualquer envolvimento na sabotagem do sistema de GPS do avião. O porta-voz do governo russo disse ao "Financial Times" que a informação publicada nas últimas horas, que acusa a Rússia de sabotar o sistema de GPS da aeronave, é incorreta.

Embora não tenham sido avançados mais detalhes pela União Europeia, foi apenas dito que o incidente reforçaria o compromisso inabalável do bloco em aumentar as capacidades de defesa e o apoio à Ucrânia contra a invasão russa.

O Comissário Europeu para a Defesa afirmou na segunda-feira que o bloco de 27 nações iria aumentar o número de satélites em órbita baixa para melhorar a deteção de interferências.

Quando um sistema é interferido, pode ter de ser desligado durante todo o voo, causando constrangimentos atrasos na descolagem e aterragem.

Apesar dos constrangimentos, o avião aterrou em segurança no aeroporto de Plovdiv, na Bulgária. Segundo o Flightradar, o voo estava programado para durar uma hora e 48 minutos e demorou, no fim, uma hora e 57 minutos, apenas mais nove minutos do que o previsto.

Ursula von der Leyen continuará a sua viagem tal como planeada pelos países da fronteira oriental da União Europeia.