Putin e Trump
Ainda não se conhecem os detalhes da reunirão, mas é praticamente certo que os dois vão discutir frente a frente o futuro da guerra na Ucrânia.
Depois de várias semanas de troca de acusações entre os Estados Unidos e a Rússia, as duas potencias parecem querer fazer as pazes, pelo menos para já.
Donald Trump está confiante e até vai mais longe. Acredita que Putin e Zelensky podem também sentar-se a mesa das negociações.
Depois do enviado norte-americano ter estado em Moscovo, Trump falou diretamente com Zelensky ao telefone. Uma conversa que parece ter corrido bem, meses depois da desavença na Casa Branca.
Volodymyr Zelensky reafirmou a necessidade de chegar a um acordo com o Presidente russo.
O Presidente ucraniano diz que a Rússia parece estar cada vez mais inclinada para um cessar-fogo.
A reunião entre Vladimir Putin e Donald Trump, que se irá realizar nos próximos dias, pode vir a ser o primeiro passo para a paz, ainda que não se conheçam os detalhes do encontro.
Segundo o Kremlin, os Estados Unidos tentaram juntar à mesma mesa Ucrânia, Rússia e ela, mas para já essa hipótese está afastada.
Mas uma coisa são as aparentes tentativas de paz, outra é o que se passa de facto no terreno: isto é, na guerra da Ucrânia. Os ataques de ambos os lados da barricada continuam.
Esta quinta-feira, vários drones ucranianos foram lançados sobre a refinaria de petróleo Afipsky e a cidade portuária de Novorossisk. Situadas a cerca de 200 quilómetros da linha da frente, estas localizações funcionam como um centro logístico estratégico para as tropas russas.
A refinaria russa atacada durante a noite processa mais de seis milhões de toneladas de petróleo por ano, o que a torna fundamental para o poderio económico da Rússia.
Na Ucrânia, mais de 100 drones russos foram lançados sobre 11 localidades diferentes, durante o dia de quinta-feira.
Pelo menos seis pessoas morreram e 35 ficaram feridas, nos ataques que foram perpetuados sobre zonas residenciais e infraestruturas importantes.
Embora os ataques mútuos continuarem, Moscovo e Kiev parecem estar cada vez mais perto de se sentarem mais uma vez à mesa das negociações.