Santander critica carga fiscal em Portugal por limitar apoio à economia

| 30 de Outubro de 2025 às 16:29
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Confrontando com uma nova contribuição adicional da banca, a instituição financeira lembra que em 2024 entregou ao Estado mais de mil milhões de euros.

O “adicional de solidariedade” sobre a banca, criado durante a pandemia, foi considerado inconstitucional. Desapareceu, mas o Governo não quer deixar fugir para as contas públicas esta contribuição do setor. 

O objetivo mereceu duras críticas por parte do Santander. Em reposta às perguntas do Negócios, o banco liderado por Pedro Castro e Almeida alerta que a carga fiscal funciona como um travão à capacidade de a banca puxar pela economia. 

“O setor bancário já paga contribuições extraordinárias, suportando uma carga fiscal que limita a sua capacidade de apoiar ainda mais a economia. Só em 2024, o Santander entregou ao Estado um total de 1001 milhões de euros", lê-se em comunicado. 

O ministro das Finanças, Miranda Sarmento não revelou qual será o formato que a nova taxa vai assumir. A banca mantém lucros elevados, mas, em alguns casos, inferiores ao do ano passado, reflexo da quebra da margem financeira. 

No caso do Santander, os lucros dos primeiros nove meses caíram mais de 6% para cerca de 728,2 milhões de euros.