"Se há uma área que tem uma falha persistente e contínua, a culpa é do primeiro-ministro", defende Gouveia e Melo

Joana Ramalho | 05 de Novembro de 2025 às 14:03
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Gouveia e Melo

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Henrique Gouveia e Melo sustentou que, tendo sido Ana Paula Martins escolhida pelo primeiro-ministro para liderar a pasta da saúde, é Luís Montenegro que tem de admitir responsabilidade pelas falhas.

Henrique Gouveia e Melo afirma que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, é ainda mais responsável do que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, pelas falhas na organização e capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

"Na saúde, parece que andamos a demitir porque é mais fácil o fusível de baixo partir do que o fusível de cima. E portanto, as demissões são um instrumento mas que devem estar ao serviço da eficiência e da eficácia", acrescentou, em entrevista à "Antena 1".

Henrique Gouveia e Melo sustentou que, tendo sido Ana Paula Martins escolhida pelo primeiro-ministro para liderar a pasta da saúde, é Luís Montenegro que tem de admitir responsabilidade pelas falhas.

"Se há uma determinada área que tem uma falha persistente e contínua no tempo, não dando resposta aos portugueses, a culpa não é do responsável dessa área, é do primeiro-ministro", garantiu.

O candidato presidencial criticou ainda o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pela proposta tardia que fez sobre um entendimento na saúde.

De seguida, o Almirante Gouveia e Melo defendeu que este não era o momento para discutir a proibição do uso da burca em Portugal, uma vez que existem outros assuntos mais importantes.

O candidato a Belém diz mesmo que o Governo está a ir "atrás do Chega" para desviar atenções.

"Eu nunca disse que era contra, eu só disse que não era o momento para estar a discutir um assunto daqueles quando há outros importantes. Por exemplo, há dois anos, eu disse à ministra da Defesa e da Justiça que as operações no mar estavam-se a tornar perigosas, porque os traficantes começaram a tentar abalroar as nossas embarcações. Há uma semana atrás, morreu um operacional da GNR. Que leis é que fizeram?", criticou.