Sondagem da Intercampus
Segundo a sondagem, 41,9% dos inquiridos são contra uma coligação à esquerda caso o PS vença sem maioria absoluta.
A poucas semanas das eleições legislativas de 18 de maio, os portugueses continuam divididos quanto às possibilidades de coligações partidárias e cenários de governação. No entanto, uma coisa é certa: a maioria rejeita qualquer acordo que envolva o Chega. Esta é uma das conclusões da sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã.
A possibilidade de uma nova "geringonça" é vista com reservas pela população. Segundo a sondagem, 41,9% dos inquiridos são contra uma coligação à esquerda caso o PS vença sem maioria absoluta. Por outro lado, 40,7% afirmam que concordam com um Governo composto pelos partidos de esquerda, revelando uma divisão praticamente equilibrada entre os portugueses.
O cenário de uma coligação entre o PS e a Aliança Democrática (AD) também gera opiniões muito divididas. A diferença entre aqueles que defendem um Governo exclusivamente do PS e aqueles que preferem um bloco central é mínima, revelando a incerteza dos eleitores sobre esta possibilidade.
Quanto à direita, os portugueses têm uma posição clara: uma grande maioria rejeita uma coligação entre a AD e o Chega. Apenas 19,8% dos inquiridos defendem um acordo entre os dois partidos, enquanto a maioria prefere um governo minoritário liderado por Luís Montenegro.
Quando a questão colocada é sobre uma coligação entre a AD e o PS, os resultados são novamente equilibrados. A diferença entre os que apoiam um acordo e os que defendem que a AD governe sozinha é inferior a um ponto percentual, espelhando a indecisão dos eleitores.
Independentemente das coligações, a maioria dos portugueses valoriza a estabilidade política. Caso o PS vença sem maioria absoluta, a maioria dos inquiridos considera que a AD deve permitir que os socialistas governem. O mesmo raciocínio aplica-se ao cenário inverso: cerca de 63% dos inquiridos defendem que o PS deve deixar a AD governar, caso esta vença as eleições.
A sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã foi realizada entre 20 e 26 de março, com uma amostra de 605 entrevistas e uma margem de erro de 4%.