
O procurador-geral da República pediu documentos adicionais ao primeiro-ministro relativamente ao caso que levou à queda do Governo em março.
A sede da empresa de consultoria do primeiro-ministro, Spinumviva, ainda não mudou de local e continua localizada na residência de Luís Montenegro em Espinho. Em março, o primeiro-ministro tinha dito que iria proceder à mudança, mas, até agora, a situação permanece inalterada.
A empresa ganhou atenção em fevereiro, quando foi revelado que a família de Montenegro detinha uma “empresa de compra e venda de imóveis”, que poderia vir a beneficiar das alterações à lei dos solos que tinham sido feitas.
Depois das revelações, o Governo de Montenegro foi alvo de duas moções de censura, que foram ambas rejeitadas. No entanto, o primeiro-ministro apresentou uma moção de confiança para pedir “clarificação política”. A moção foi também rejeitada, levando o país a eleições.
Numa entrevista ao jornal “Nascer do Sol”, o procurador-geral da República, Amadeu Guerra, revelou que o Ministério Público pediu mais documentos a Montenegro, no âmbito da averiguação preventiva à empresa.