EUA
Donald Trump justifica a suspensão do programa pela falta de talento do humorista.
Fazer uso da pressão política para silenciar críticas e punir as instituições que considera tendenciosas tem sido o modus operandi nos EUA.
A suspensão abrupta do apresentador Jimmy Kimmel pela ABC, sob pressão da Comissão Federal de Comunicações (FCC), é a mais recente demonstração de poder que o presidente Donald Trump exerce para submeter os media, o entretenimento e as plataformas digitais à sua vontade.
A suspensão surgiu depois de comentários de Jimmy Kimmel sobre o homem acusado de assassinar o ativista conservador Charlie Kirk, mas questionado da sua intervenção nesta suspensão, Trump justifica com a qualidade do humorista.
Mas a verdade é que a decisão de quarta-feira é a segunda deste género desde a reeleição de Donald Trump e que fez com que a Walt Disney, empresa-mãe da ABC, tomasse medidas em resposta a declarações feitas no ar por humoristas.
Apesar de as grandes empresas de media e tecnologia serem agora controladas por apoiantes de Trump ou por líderes empresariais bilionários que apoiaram Trump durante a campanha eleitoral, o apoio a Kimmel após a suspensão foi notória.
E embora o crescimento do conservadorismo nos EUA seja notório, o apoio a Kimmel fez-se sentir nas ruas. Escritores de cinema e televisão reuniram-se em frente aos estúdios da ABC em Nova Iorque para manifestar apoio a Kimmel e à liberdade de expressão.