Suspensão do programa "Jimmy Kimmel Live" por tempo indeterminado leva humoristas a mostrar apoio ao apresentador

Manuela Barbosa | 22 de Setembro de 2025 às 11:50
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EUA

Donald Trump justifica a suspensão do programa pela falta de talento do humorista.

Fazer uso da pressão política para silenciar críticas e punir as instituições que considera tendenciosas tem sido o modus operandi nos EUA.

A suspensão abrupta do apresentador Jimmy Kimmel pela ABC, sob pressão da Comissão Federal de Comunicações (FCC), é a mais recente demonstração de poder que o presidente Donald Trump exerce para submeter os media, o entretenimento e as plataformas digitais à sua vontade.

A suspensão surgiu depois de comentários de Jimmy Kimmel sobre o homem acusado de assassinar o ativista conservador Charlie Kirk, mas questionado da sua intervenção nesta suspensão, Trump justifica com a qualidade do humorista. 

Mas a verdade é que a decisão de quarta-feira é a segunda deste género desde a reeleição de Donald Trump e que fez com que a Walt Disney, empresa-mãe da ABC, tomasse medidas em resposta a declarações feitas no ar por humoristas.

Apesar de as grandes empresas de media e tecnologia serem agora controladas por apoiantes de Trump ou por líderes empresariais bilionários que apoiaram Trump durante a campanha eleitoral, o apoio a Kimmel após a suspensão foi notória.

E embora o crescimento do conservadorismo nos EUA seja notório, o apoio a Kimmel fez-se sentir nas ruas. Escritores de cinema e televisão reuniram-se em frente aos estúdios da ABC em Nova Iorque para manifestar apoio a Kimmel e à liberdade de expressão.