Taiwan espera receber primeiros mísseis antinavio Harpoon dos EUA perto do Ano Novo

Lusa | 21 de Outubro de 2025 às 09:18
Taiwan espera receber primeiros mísseis antinavio Harpoon dos EUA perto do Ano Novo
Taiwan espera receber primeiros mísseis antinavio Harpoon dos EUA perto do Ano Novo FOTO: AP

A venda de 100 sistemas costeiros Harpoon, incluindo 400 mísseis de superfície, foi aprovada pelo Departamento de Estado norte-americano em outubro de 2020, durante o primeiro mandato de Donald Trump. É uma das maiores vendas de armamento a Taiwan já autorizadas por Washington.

Taiwan deverá receber o primeiro lote de mísseis Harpoon dos Estados Unidos no final do ano ou início de 2026, para reforçar a defesa perante a crescente pressão militar da China.

Durante uma audição parlamentar citada pela agência noticiosa CNA, o chefe do Estado-Maior da Marinha, Chiu Chun-jung, afirmou que a entrega ocorrerá a tempo da criação, em 1 de janeiro de 2026, do novo “Comando de Combate Litoral”, que deverá atingir a sua capacidade operacional “crítica” por volta de julho do próximo ano.

A venda de 100 sistemas costeiros Harpoon, incluindo 400 mísseis de superfície, foi aprovada pelo Departamento de Estado norte-americano em outubro de 2020, durante o primeiro mandato de Donald Trump (2017–2021), num negócio avaliado em 2300 milhões de dólares (cerca de 1975 milhões de euros), uma das maiores vendas de armamento a Taiwan já autorizadas por Washington.

No entanto, entraves burocráticos e constrangimentos na indústria de defesa dos EUA têm atrasado a entrega deste e de outros pacotes militares, elevando para 21.540 milhões de dólares (18.515 milhões de euros) o valor total de equipamento ainda por entregar, segundo estimativas recentes do grupo de reflexão (‘think tank’) Taiwan Security Monitor (TSM).

Estes atrasos coincidem com um aumento das atividades militares chinesas no Estreito de Taiwan, levando o Governo da ilha a propor uma subida do orçamento da Defesa para 3,32% do Produto Interno Bruto em 2026 – verba que será utilizada, previsivelmente, na aquisição de novo armamento norte-americano e no reforço da produção nacional.