Theresa May defende reforço da NATO e permanência dos EUA na aliança transatlântica

| 16 de Junho de 2025 às 12:37
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Theresa May

A ex-governante frisou ainda que é do interesse estratégico dos Estados Unidos manterem-se na aliança transatlântica.

Na sua intervenção durante a conferência do NOW, a antiga primeira-ministra britânica Theresa May sublinhou a importância de um maior investimento na defesa por parte dos Estados-membros da NATO. A ex-governante frisou ainda que é do interesse estratégico dos Estados Unidos manterem-se na aliança transatlântica.

Theresa May destacou que a invasão da Ucrânia pela Rússia expôs de forma evidente a necessidade de cooperação entre os países ocidentais em matéria de defesa. “O que vimos, especialmente do ponto de vista dos Estados Unidos e também do resto da Europa, foi o reconhecimento de que precisamos de trabalhar em conjunto nestas questões. Infelizmente, esse entendimento foi colocado em destaque com a agressão de Putin à Ucrânia”, afirmou.

Recordando a expressão Westlessness, usada em 2020 na Conferência de Segurança de Munique para descrever a perceção de que o Ocidente já não estaria disposto a lutar pelos seus valores, May considerou que essa ideia foi contrariada pela reação unida dos países ocidentais à guerra na Ucrânia. “A colaboração entre os Estados Unidos, a administração Biden e os países europeus demonstra que ainda há vontade de defender os valores ocidentais”, sublinhou.

A ex-primeira-ministra defendeu ainda que qualquer desenvolvimento de uma defesa europeia mais autónoma deve ser feito no quadro da NATO. “É fundamental que tal seja enquadrado dentro da NATO. Isso poderá implicar uma maior flexibilidade dentro da aliança, mas o princípio deve manter-se: todos juntos, em unidade de ação”, referiu.

Theresa May reconheceu que os países europeus devem aumentar os seus orçamentos de defesa e afirmou que o Reino Unido já está a fazê-lo. “Outros países também iniciaram esse caminho ou estão prestes a fazê-lo. Mas continua a ser essencial garantir que os Estados Unidos permanecem na NATO. A sua presença é, e deve continuar a ser, do seu interesse estratégico”, concluiu.