Flotilha detidos por Israel
Pelo menos 19 embarcações da flotilha foram intercetadas por Telavive.
Pelo menos 44 barcos partiram rumo a Gaza no dia 1 de setembro, com a esperança de entregar ajuda humanitária aos palestinianos. No entanto, um mês depois, a história tomou outro rumo.
Depois de múltiplas ameaças e vários ultimatos, Israel decidiu agir: na noite desta quarta-feira, vários navios da marinha israelita aproximaram-se das embarcações da missão. Os três portugueses que seguiam a bordo foram detidos, incluindo a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua.
O testemunho chegou de Miguel Duarte, ainda antes de ter sido detido. Sofia Aparício e Mariana Mortágua, que embarcavam noutro navio, foram, primeiramente, intercetadas e detidas.
Foi retirado o telemóvel à coordenadora do Bloco de Esquerda. No momento da interceção, Mortágua estava a fazer declarações em direto.
Pelo menos 19 das embarcações foram intercetadas pela marinha de Israel. Uma delas terá inclusive sido abalroada em águas internacionais, de acordo com a organização da flotilha.
Na rede social Telegram, a missão escreve que este se trata de um "ataque ilegal" contra ativistas humanitários desarmados.
Na mesma mensagem, a flotilha apelou aos governos e às instituições internacionais para que seja exigido a segurança e a libertação imediata dos detidos.
Entre os cativos de Israel estão ativistas de mais de quatro nacionalidades.
O governo de Israel já confirmou que vários navios da missão foram capturados sem incidentes e que os tripulantes estão a ser transferidos para um dos portos do país.
O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou esperar que o repatriamento da comitiva portuguesa ocorra o mais depressa possível.
A flotilha humanitária que ruma até Gaza diz que as embarcações que ainda resistem vão continuar a viagem, apesar das várias detenções nas últimas horas por parte de Israel, e que a missão deverá prosseguir.