Polícia Judiciária
A empresa era liderada por duas mulheres e um homem e as funcionárias poderiam apresentar-se de bata, lingerie ou nuas, consoante o serviço solicitado.
Os anúncios publicitavam atividades como massagens e estética. Na realidade as lojas, abertas ao público em Coimbra, Figueira da Foz e Leiria, prestavam serviços sexuais a troco de dinheiro.
A investigação da Polícia Judiciária do Centro revelou que os atos praticados integravam o exercício da prostituição “sob o disfarce” de massagens. O Ministério Público acusou os gerentes da empresa, duas mulheres de 40 e 32 anos e um homem.
Os arguidos terão iniciado a atividade em 2018, altura em que recrutaram através de anúncios seis mulheres para trabalharem em dois espaços em Coimbra, um na Figueira da Foz, e uma loja em Leiria.
Antes de iniciarem as funções, as alegadas massagistas receberam formação ministrada pela arguida mais velha. Segundo a acusação, todas eram incentivadas “a praticar atos sexuais com os clientes”.
Eram os arguidos que, segundo o Ministério Público, fixavam os valores a cobrar aos clientes. As massagens em que as funcionárias vestissem uma bata custavam 60 euros e aquelas em que usassem apenas lingerie, 80 euros. Os preços subiam, variando entre 120 e 150 euros, quando as mulheres se apresentavam nuas e faziam “massagens de descompressão manual, que incluíam atos masturbatórios e/ou outras práticas sexuais”.
Do valor pago pelos clientes, as mulheres fivacam com 50% e entregavam o restante aos arguidos. Cada uma das funcionárias poderia receber uma média mensal de cerca de dois mil euros