Tribunal de Coimbra vai julgar caso de negócio de prostituição sob o disfarce de lojas de massagens

| 08 de Setembro de 2025 às 19:45
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Polícia Judiciária

A empresa era liderada por duas mulheres e um homem e as funcionárias poderiam apresentar-se de bata, lingerie ou nuas, consoante o serviço solicitado.

Os anúncios publicitavam atividades como massagens e estética. Na realidade as lojas, abertas ao público em Coimbra, Figueira da Foz e Leiria, prestavam serviços sexuais a troco de dinheiro.

A investigação da Polícia Judiciária do Centro revelou que os atos praticados integravam o exercício da prostituição “sob o disfarce” de massagens. O Ministério Público acusou os gerentes da empresa, duas mulheres de 40 e 32 anos e um homem.

Os arguidos terão iniciado a atividade em 2018, altura em que recrutaram através de anúncios seis mulheres para trabalharem em dois espaços em Coimbra, um na Figueira da Foz, e uma loja em Leiria.

Antes de iniciarem as funções, as alegadas massagistas receberam formação ministrada pela arguida mais velha. Segundo a acusação, todas eram incentivadas “a praticar atos sexuais com os clientes”.

Eram os arguidos que, segundo o Ministério Público, fixavam os valores a cobrar aos clientes. As massagens em que as funcionárias vestissem uma bata custavam 60 euros e aquelas em que usassem apenas lingerie, 80 euros. Os preços subiam, variando entre 120 e 150 euros, quando as mulheres se apresentavam nuas e faziam “massagens de descompressão manual, que incluíam atos masturbatórios e/ou outras práticas sexuais”.

Do valor pago pelos clientes, as mulheres fivacam com 50% e entregavam o restante aos arguidos. Cada uma das funcionárias poderia receber uma média mensal de cerca de dois mil euros