Tribunal de Santarém começou a julgar homem que pegou fogo à própria casa devido a ciúmes e desconfiança de alegadas infidelidades

| 25 de Maio de 2025 às 14:47
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Glória do Ribatejo

A casa só não ardeu por completo graças à pronta intervenção de populares e da GNR.

O Tribunal de Santarém começou a julgar um motorista de pesados que incendiou a casa onde residia com a família num ato de raiva e vingança contra a ex-mulher, com quem tinha iniciado um processo de divórcio dias antes.

O caso ocorreu em agosto de 2024, quando o arguido, de 52 anos, se dirigiu às traseiras da residência, em Glória do Ribatejo, no concelho de Salvaterra de Magos, e muniu-se de um jerricã de gasolina, que usou para atear as chamas nos quartos da mulher e da filha menor, que não estavam em casa.

De seguida, o camionista tentou fugir para Espanha, mas acabou por ser intercetado por uma patrulha da GNR em Borba, já perto da fronteira, a conduzir com uma taxa de 1,47 g/l de álcool no sangue.

Segundo o processo, a que a CMTV teve acesso, os danos provocados na habitação só não foram maiores porque as chamas começaram logo a ser combatidas pelo filho mais velho, de 28 anos, e por militares da GNR, antes da chegada dos bombeiros de Salvaterra.

O homem, que passava várias semanas sem vir a casa por trabalhar para uma empresa espanhola, tinha regressado à Glória do Ribatejo há poucos dias e estava a dormir dentro do seu camião, depois de entrar num processo de divórcio por desconfianças de infidelidades mútuas.

O arguido, que tem problemas de alcoolismo, está acusado pelo Ministério Público (MP) por um crime de incêndios, explosões e outras condutas especialmente perigosas.