UGT
Segundo o secretário-geral da UGT, se a proposta de alteração à lei laboral for retirada, pode ser ponderada uma desistência da greve geral.
Dois dias de greve é uma possibilidade que está em cima da mesa. O secretário-geral da UGT aconselha o governo a “parar, escutar e refletir” sobre a proposta de alteração ao pacote laboral.
De acordo com o jornal "Público", numa tentativa de aproximação à UGT o governo recuou em algumas matérias presentes no anteprojeto para a reforma da lei laboral. O executivo propõe assim:
1. Repor os três dias de férias ligados à assiduidade que tinham sido retirados durante a troika;
2. Facilitar o processo de despedimento quer isto dizer que a medida que facilitava o despedimento às médias empresas cai, mantendo-se o regime atual. Caso um trabalhador seja despedido na sequência de um processo disciplinar, mantém o direito a indicar testemunhas para defesa;
3. Manter as horas de formação obrigatórias, ou seja, a redução para 20 horas anuais de formação obrigatória a que o trabalhador de uma microempresa tem direito não avança, mantendo as 40 horas.
4. Por fim, quanto as regras de amamentação, o regime em vigor mantém-se, quer isto dizer que a entrega de atestado médico só é necessária se a situação se prolongar além do primeiro ano de vida da criança e tem de ser apresentada de seis em seis meses.
A Federação Nacional dos Médicos vai-se juntar às centrais sindicais da CGTP e da UGT, na greve geral agendada para o dia 11 de dezembro, contra a proposta do pacote laboral do governo.
Numa entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, Mário Mourão garantiu que só há uma desistência da greve geral se a proposta de alteração à lei laboral for retirada.