Abrantes
O grupo exigia aos profissionais de saúde que realizassem manobras de reanimação a um homem já sem vida, que tinha sofrido um acidente num carro de alta cilindrada. Segundo a instituição, a chegada das autoridades ao local foi fundamental para garantir a segurança de utentes, profissionais e das instalações.
Um grupo de mais de 50 pessoas, que transportava consigo o cadáver de um homem que tinha sofrido um acidente de viação, ao volante de um carro de alta cilindrada, forçou a entrada no Serviço de Urgência do hospital de Abrantes.
Já no interior, o grupo exigiu aos profissionais de saúde que realizassem manobras de reanimação no corpo, e só após a chegada das autoridades foi possível retirá-los para o exterior das instalações.
Em comunicado, a Unidade Local de Saúde do Médio Tejo, que tutela o hospital de Abrantes, confirmou a ocorrência de uma “situação de tensão”, da qual “não resultaram feridos ou danos físicos a profissionais de saúde", sendo os danos materiais muito limitados.
No domingo e segunda-feira, testemunhas descreveram a presença de um grupo de 200 pessoas, que permaneceu acampado no exterior do hospital, sob vigilância das autoridades, até o corpo do homem ser libertado.
O Conselho de Administração afirmou estar a “adotar todas as medidas” necessárias para “garantir o permanente reforço das condições de segurança e apoio aos profissionais”, e sublinhou que, até agora, “não foi apresentada qualquer queixa formal por parte de utentes ou profissionais de saúde relativamente a este episódio”.