União Europeia aprova 19.º pacote de sanções contra a Rússia
O Presidente ucraniano saudou a iniciativa europeia e mostrou-se otimista quanto à hipótese de alcançar um acordo de cessar-fogo.
A União Europeia aprovou esta quinta-feira o 19.º pacote de sanções contra a Rússia, no dia em que Volodymyr Zelensky marcou presença no Conselho Europeu, em Bruxelas.
O Presidente ucraniano saudou a iniciativa europeia e mostrou-se otimista quanto à hipótese de alcançar um acordo de cessar-fogo.
António Costa não abriu margem para dúvidas e salientou que Zelensky será membro da União Europeia.
O líder ucraniano reiterou ainda que a Rússia não quer acabar com a guerra e que iniciativas que pressionem o Kremlin são vantajosas.
“Temos de pressionar Putin para que pare com esta guerra. Pressão significa pacotes de sanções, defesa aérea de longo alcance e apoio financeiro, sobre o qual falaremos hoje”, declarou.
A chefe da política externa do Conselho Europeu, Kaja Kallas, também se pronunciou sobre o novo pacote de sanções à Rússia, que só teve luz verde depois de a Eslováquia ter retirado as objeções que apontava às medidas.
Este novo pacote inclui a proibição da importação de gás natural da Rússia, a partir de janeiro de 2027- um ano antes do planeado-, sanções que vão afetar os bancos russos, instituições financeiras na Ásia Central e corretoras de cripto moedas.
Serão ainda aplicadas restrições comerciais contra empresas chinesas e indianas que apoiam moscovo e vai ser sancionada a exportação de bens usados na indústria militar da Rússia, o que abrange minerais, cerâmica e borracha.
Uma das propostas que está ainda em cima da mesa é a possibilidade de a Europa usar bens congelados da Rússia para financiar a Ucrânia, algo que moscovo classifica como ilegal.
A decisão da União Europeia foi tomada logo após o Governo de Donald Trump ter imposto sanções a duas das maiores empresas petrolíferas russas.
O cerco está a apertar para Vladimir Putin, que, apesar de ainda ter aliados, se vê cada vez mais pressionado a pôr fim à guerra com a Ucrânia.