Vereadora que foi morta pelo filho adolescente planeava abandonar vida política e dedicar-se à advocacia

| 06 de Novembro de 2025 às 18:54
A carregar o vídeo ...

Vereadora que foi morta pelo filho adolescente planeava abandonar vida política e dedicar-se à advocacia

Três semanas depois do homicídio, o marido ainda não voltou ao trabalho.

Conhecida pela dedicação ao serviço como vereadora de Vagos, Susana Gravato, de 49 anos, planeava deixar a vida autárquica para retomar a carreira de advogada. Licenciada em Direito, a autarca tinha confessado a amigos e familiares o desejo de se reencontrar com o lado mais humano da profissão. 

Na autarquia era responsável pelos pelouros da administração geral, ambiente, proteção, saúde animal, justiça, coesão social e saúde. Destacava-se, segundo colegas e moradores, pelo empenho e empatia com a comunidade. 

O marido de Susana Gravato desempenhava na Junta de Freguesia da Gafanha da Boa Hora a função de tesoureiro, mas passadas três semanas ainda não regressou ao trabalho, com a tamanha dor e consternação que tem sentido. 

Foi o marido quem encontrou o corpo de Susana Gravato deitado no sofá. 

O jovem de 14 anos que confessou ter sido o autor do crime está num centro educativo, em regime fechado, ou seja, sem visitas, durante três meses. Foi ele quem planeou tudo ao pormenor. Sabia do código do cofre, tirou a arma do pai, disparou, saiu de casa, deixou a arma na campa dos avós, voltou para a habitação, tapou as câmaras de videovigilância para simular um assalto, colocou o corpo da mãe no sofá e tapou-o com uma manta. 

Em Vagos, todos recordam Susana Gravato como uma mulher íntegra, disponível e com um grande coração.