José Francisco Pavia
José Francisco Pavia também destacou no NOW a importância da reunião entre Emmanuel Macron e Donald Trump em Washington.
O professor de relações internacionais José Francisco Pavia esteve no NOW esta segunda-feira e comentou a visita dos líderes da União Europeia a Kiev, António Costa e Ursula von der Leyen, a Kiev, destacando o simbolismo do apoio à Ucrânia.
José Francisco Pavia afirmou que esse apoio é importante e que a União Europeia continuará ao lado da Ucrânia, já com um Conselho Europeu marcado para a próxima quinta-feira, onde o apoio será formalizado.
No entanto, o professor alertou para o facto de que "as decisões do Conselho Europeu precisam de ser aprovadas por unanimidade, o que pode ser um obstáculo, dado que países como a Hungria, a Eslováquia e, mais recentemente, a Itália, tendem a alinhar-se mais com as posições dos Estados Unidos do que com a postura da União Europeia em relação à Ucrânia".
José Francisco Pavia também mencionou uma contradição nas políticas da União Europeia.
"Hoje no "The Guardian" dizia-se que a UE gastou mais em petróleo e gás russo do que em ajuda financeira à Ucrânia", alertou.
O professor destacou que isso enfraquece a eficácia das sanções e questionou a coerência das políticas da UE, apontando que "até países como Portugal, que recentemente recebeu gás russo no Porto de Sines, estão a contribuir para essa contradição".
Além disso, José Francisco Pavia comentou sobre a vitória de Friedrich Merz nas eleições alemãs, afirmando que isso "é uma boa notícia para Zelensky, pois a Alemanha, sob sua liderança, deve retomar um papel mais assertivo de apoio à Ucrânia, que foi perdido nos últimos anos".
José Francisco Pavia mencionou ainda a importância da reunião entre Emmanuel Macron e Donald Trump, em Washington, que poderá ser crucial para a Ucrânia.